Maior rentabilidade na pecuária? Invista em volumoso de qualidade!

Maior rentabilidade na pecuária? Invista em volumoso de qualidade! A Nogueira Máquinas Agrícolas tem uma linha completa de soluções em máquinas e equipamentos forrageiros, com a melhor equipe técnica do Brasil.

Dentre os maiores desafios para o próximo ano já temos a certeza que será, mais uma vez, um ano de altos custos de produção. Os valores da saca de milho e o farelo de soja ainda permanecem em patamares elevados em relação à média dos anos anteriores e, obviamente, são seguidos por eventuais substitutos como o sorgo, casca de soja, farelo de algodão e outros.

De forma simplificada, nas tabelas abaixo temos a exigência nutricional de uma vaca para diferentes produtividades e de bovinos de corte para ganho de peso, sem muitos detalhes ou interações complexas, de forma que o produtor possa entender mais facilmente.

Exigências nutricionais de vacas leiteiras, expressas em nutrientes digestíveis totais (NDT) e proteína bruta (PB).

 

Prod.kg de leite

Consumo MS  (kg)

NDT (kg)

PB (kg)

10

12,86

8,07

1,56

20

16,70

11,07

2,30

30

20,04

14,06

3,00

40

23,00

17,00

3,68

50

26,63

20,00

4,42

Fonte: NRC (1989)

 

Exigências nutricionais de gado de corte, expressas em nutrientes digestíveis totais (NDT) e proteína bruta (PB).

 

Categ.

PV kg

GPD (kg/d)

IMS (kg/d)

NDT (kg/d)

PROT (g/d)

Macho

350

1,2

8,54

5,92

987

Macho

400

1,0

9,36

6,11

972

Macho

400

1,2

9,44

6,54

1023

Macho

450

1,0

10,22

6,67

1011

Macho

450

1,2

10,32

7,15

1056

 

PV – peso do animal;GPD – Ganho de peso diário;IMS – matéria seca que o animal pode ingerir; NDT e PB em Kg – expressam a quantidade que cada animal deve comer de cada um para a produção ou ganho de peso desejado.

 

Se tomarmos como exemplo uma vaca com produtividade diária de 20 kg de leite ela precisa ingerir em torno de 11,07 kg de energia (NDT) e cerca de 2,30 kg de proteína (PB), contidos nos 16,7 kg de matéria seca que ela deve consumir.

Para atender essas exigências o produtor terá que fazer uma combinação entre alimentos volumosos, como pastagens, silagens, fenos, capineiras, etc, e alimentos concentrados, basicamente milho, farelo de soja. Essa combinação tem que respeitar níveis de fibra, minerais, gorduras e proteínas de diferentes degradabilidades, somados à alguns aditivos.

Nos gráficos 1 e 2 temos o comportamento do preço do milho e do farelo de soja nos últimos anos.

Evolução do preço do milho   (Cepea/Esalq)

Evolução do preço do farelo de soja   (Cepea/Esalq)

Observando os dois gráficos não há expectativa de termos menores custos com esses alimentos na forma de rações concentradas nos próximos meses e, já sabido, em boa parte do ano próximo ano. Mediante esse cenário, alguns produtores e mesmo técnicos criam a expectativa de encontrar resíduos ou subprodutos de baixo custo como fontes alternativas. A questão é que o que tem qualidade e oferta já deixou de ser subproduto, e muito menos resíduo, há muitos anos.

Nos sobra então a possibilidade de reduzir o custo com alimentação investindo na produção de volumosos de qualidade. O investimento em pastagens com oferta e qualidade é obrigatório para quem tem nela a base de alimentação do rebanho, lembrando que correção de solo, adubação e água são fundamentais no sistema. Mesmo os sistemas que dispõem de irrigação precisam ter volumosos complementares para os períodos de menor oferta de forragem. Nutrição animal é colocar bioquímica e fisiologia na forma de tabuada. Para a vaca ou o boi em engorda atingirem a produtividade esperada têm, obrigatoriamente, que consumir a quantidade de nutrientes exigida. Se a pastagem não for suficiente deve ser completada com concentrado e/ou volumoso.

Por que produzir volumosos de qualidade? No quadro abaixo temos uma simulação bem simples. Como exemplo vamos considerar a vaca de 20 kg de leite/dia, consumindo a mesma quantidade de matéria seca (8,4kg) de três diferentes volumosos e estimar a quantidade de concentrado necessário, somente com base na energia (NDT), para corrigir o déficit.

Volumoso – NDT%

Exigência vaca NDT kg

Consumo de NDT kg

Déficit NDT Kg

Concentrado necessário kg

Volumoso A – 55%

11,07

4,62

6,45

8,3

Volumoso B – 60%

11,07

5,04

6,03

7,7

Volumoso C – 70%

11,07

5,88

5,19

6,6

Consumo de NDT = 8,4 x % NDT; Déficit= 11,07 – NDT do volumoso; Concentrado necessário= Deficit NDT/ 78% (teor energia concentrado).

É evidente que quanto maior a qualidade do volumoso menor será a demanda de concentrado para atender as exigências da vaca e, mesmo que desconsiderado no exemplo, temos a vantagem adicional de que quanto melhor o volumoso maior será a ingestão pela vaca, em função de sua maior digestibilidade. O contrário também é verdadeiro, e quanto menor a qualidade do volumoso (mais fibroso) menor será a ingestão.

Se imaginarmos como investimento, fazer uma “poupança” na forma de alimentos conservados, como silagens de milho, sorgo, milheto, pré-secados de capins ou mesmo fenos na propriedade é sempre rentável. O custo para se produzir, principalmente alimentos energéticos, é menor do que comprar fora e os investimentos em fertilidade do solo, silos, irrigação e equipamentos podem ser feitos de forma planejada. Com algumas exceções, a valorização do litro de leite e da arroba do boi estão associadas a menor oferta do produto que, por sua vez, está diretamente ligada a períodos de estiagem ou valorização de commodities, de modo que os riscos de se perder dinheiro guardando comida na propriedade sejam quase nulos.

Nossa dica: Vamos investir em boas lavouras e forragens para garantirmos maiores produtividades e melhor qualidade dos nossos volumosos, o que certamente reduzirá os custos na produção de leite e carne. Volumosos de qualidade exigem processamento adequado na sua colheita e armazenamento. A Nogueira Máquinas Agrícolas tem uma linha completa de soluções em máquinas e equipamentos forrageiros, com a melhor equipe técnica do Brasil.